O Prêmio Nobel de Literatura
Uma criação testamentária (1895) do multimilionário inventor da dinamite Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), o Prêmio Nobel, foi uma vontade expressa deste sueco para que fosse criado um prêmio oferecido a todos aqueles que contribuíssem notoriamente pelo bem da humanidade. Além das áreas científicas de Química, Física e Fisiologia e Medicina, seriam premiados os campeões da Paz e o de Literatura. No texto de seu testamento, os prêmios para físicos e químicos deveriam ser entregues pela Academia Sueca de Ciências, o de fisiologia ou trabalhos médicos pelo Instituto Carolina de Estocolmo, o de literatura pela Academia em Estocolmo e o da paz por um comitê de cinco pessoas a serem eleitos pelo Parlamento Norueguês, o Storting.
Poderiam concorrer na área literária poetas, romancistas e autores de contos, de trabalhos científicos e de discursos e os nomes dos concorrentes seriam indicados por membros da Academia Sueca de Ciências e de instituições similares, professores de literatura e lingüísticas de universidades renomadas, presidentes de sociedades de autores que representam a produção literária de seu autor e ganhadores do prêmio.
O primeiro a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura (1901) foi o poeta francês Sully Prudhomme (1839-1907) e apenas um foi agraciado com o prêmio postumamente (1931). A façanha coube ao sueco Erik Axel Karlfeldt (1864-1931), cuja honraria foi anunciada no ano de seu falecimento. Karlfeldt teria também sido o único a ser laureado por duas vezes, sendo que na primeira vez (1918) recusou a premiação considerando que tal atribuição seria antiética por ser ele o secretário permanente da Academia Sueca, e em 1931, postumamente. Outros que recusaram os prêmios foram o soviético Boris Pasternak (1890-1960) em 1958 e o francês Jean-Paul Sartre (1905-1980) em 1964. Não houve atribuições nos anos de 1914, devido a Primeira Guerra Mundial, em 1935 pelas tensões causadas em torno da guerra que eclodia na Europa, e, no período de 1940 a 1943, auge da Segunda Guerra Mundial.
O esforço da Academia Sueca em tentar distinguir as várias línguas mundiais e as mais diferentes áreas lingüísticas tem sido notório. No entanto, algumas lacunas persistem. De acordo com diversos intelectuais, o Nobel da Literatura é depois do da Paz, o prêmio mais difícil de atribuir. A subjetividade temática e os efeitos a alcançar com determinados trabalhos podem ser de difícil avaliação. Mesmo assim, para atender claramente a objetivos políticos, algumas vezes a qualidade literária tem sido deixada em segundo plano na hora de decidir o vendedor. Estas decisões politicamente corretas têm nivelando ao longo da história, autores como William Faulkner, Ernest Hamingway, Jean-Paul Sartre (1905-1980) e Gabriel Garcia Marques (1928- ), a políticos como Sir Winston Churchill (1874-1965) e autores com qualidade literária inferior como Knut Pedersen Hamsun (1859-1952), Halldór Kiljan Laxness (1902-1998), Dario Fo (1926 - ) e Wislawa Szymborska (1923- ). Por exemplo, de acordo com alguns, o crédito de Harold Pinter (1930- ) em 2005 se deve a sua excessiva oposição a Guerra do Iraque. No pensamento destes, o valor literário de sua obra é discutível para o nível de um Nobel.
Até hoje foram os escritores franceses e norte-americanos os mais laureados com este galardão. Países como Reino Unido, Alemanha, Suécia, Itália, Dinamarca, Grécia e Irlanda já foram distinguidos mais do que uma vez com o Nobel da Literatura. Também existem alguns ganhadores cujas obras não alcançaram sucesso mesmo com o prêmio. Por exemplo, o poeta norueguês Knut Hamsun (1859-1952), ganhador em 1920, e o islandês Halldór Laxness (1902-1998), premiado em 1955, figuram com exemplos típicos a serem relacionados nesta lista.
Não ouve atribuições nos anos de 1914, devido a Primeira Guerra Mundial, em 1935 pelas tensões causadas em torno da guerra que eclodia na Europa, e, no período de 1940-1943, auge da Segunda Guerra Mundial, mas nestas ocasiões o dinheiro do prêmio foi destinado a fundos especiais ligados a área e a Fundação Nobel